10 outubro 2007

LIBERDADE DE PENSAMENTO

“Perante Deus, o homem é responsável pelo seu pensamento. Somente a Deus, sendo possível conhecê-lo, Ele o condena ou absolve, segundo a Sua justiça”. (Livro dos Espíritos – Allan Kardec)
O pensamento nada mais é que a nossa capacidade criativa atuando. Tudo que fazemos tem origem em um pensamento nosso e acontece em função de um universo de condicionantes, que interagem em nós de maneira única. Em conseqüência, a nossa vida será sempre o que estamos mentalizando constantemente. Qualquer mudança real que queiramos implementar, virá, única e exclusivamente, da mudança de nossos pensamentos.
O pensamento não é palavra, é algo, quase que indefinível, que, muita das vezes, foge ao nosso controle, como uma fera fugidia e rebelde. Embora tenha origem em nosso cérebro, rapidamente, toma o mundo por domínio.
É fundamental que tenhamos pontual noção de que ele é função de uma gama incomensurável de condicionantes, onde avulta de importância a personalidade e o caráter, que são, por sua vez, corolários de outras tantas influências. Se nossa formação não é boa, por mais que se tente, nossos pensamentos não serão da melhor qualidade, embora seja, mercê de muita dedicação, possível aperfeiçoarmo-nos.
Por que essas considerações? Porque nossas ações, exteriorização maior de nossos pensamentos, sejam atos, sejam palavras, são sempre precedidas deles, muitos dos quais, inclusive, fora de nossa percepção e função de nosso ego, que independe de nossa consciência.
Há que se considerar, ainda, as influências do meio em que estivermos inseridos, pois este, já não resta dúvida, cria condicionantes fortes no nosso modo de pensar. O que se dizer do chamado inconsciente coletivo em que estamos todos mergulhados? Os princípios religiosos, que seguimos, vão, por certo, ajudar, também, a moldar nossa maneira de pensar e, consequentemente, de agir.
Em suma, nossos pensamentos são a maior expressão de nossa individualidade.
Com isso, chegamos à assertiva de que o nosso pensamento é nossa maior e, mesmo única, propriedade absoluta, presenteando-nos com a liberdade total de usá-lo. Inferimos daí que a liberdade de pensamento trás junto a si uma responsabilidade para a qual, muita das vezes, não estamos devidamente, habilitados a lidar. É desse redemoinho interno que vamos tirar nossos conceitos individuais para trabalhar com os círculos, progressivamente, mais estreitos da Moral, da Ética e do Direito.
Concluindo, assola-nos a convicção de que, mais que um direito, a liberdade de pensamento, esse bem inalienável e inconteste do homem, é um dever, pois há que ser criteriosa e positivamente exercida.

QUE PAÍS É ESSE?

 PASSATEMPO

Afastado daquele mundo aflito, no aconchego do abraço bem-amado, dor aflora cruel, quando medito, transformando-me efêmero aloucado. Que ter...