DIÁRIO DE UMA VIAGEM PELA PENÍNSULA IBÉRICA
Crônica de uma feliz viagem a Portugal e Espanha.
VIII
Finalmente Madri, a
bela e irresistível Madri!
A viagem foi
cansativa
até transpormos os limites da cidade, mas a expectativa alta
afugentou o cansaço.
Na chegada nos foi
proporcionado um pequeno city-tour que foi utilíssimo para localização geral.
Era meio da tarde
quente de verão!
Chegamos
percorrendo a cidade e seus prédios sóbrios. Percorremos, então, a Gran Via
até
a Plaza de Cibeles e, na busca de nosso hotel, Catalonia Atocha, ladeamos os
jardins do Museu do Prado, o famoso Prado, um dos três mais importantes do
mundo. Dobramos à direita na Plaza Del Emperador Carlos V, fronteiriça a
Estação Ferroviária de Atocha,
a mesma do não menos famigerado atentado
terrorista
de 11 de março de 2004 e subimos a Calle Atocha, para chegarmos ao hotel.
Naturalmente,
buscamos descansar um pouco antes de nos lançarmos a qualquer recorrido pelas
ruas madrilenas. Ótimo hotel, excelente descanso!
E agora, Madri nos
esperava! Mapa na mão, máquina fotográfica pronta e partimos. Subindo a pé a Calle
Atocha, notamos logo que a cidade fervia. O calor era intenso no verão europeu.
Subindo em direção à Plaza Mayor, dobramos a direita e fomos ter à Puerta Del
Sol,
uma imensa praça com pessoas circulando em todas as direções, e mostrando
do lado oposto, convocando , principalmente as mulheres, a famosa El Corte
Inglés, uma loja de departamento com sete andares de armadilhas para se gastar euros...
.
Realmente, quem quiser comprar tem ir a outro lugar e não a Europa. Em
compensação, Espanha, assim como Portugal e a Europa como um todo, transpira
tradição, cultura, artes e História.
Depois de visitar
El Corte Inglés, buscamos um café na Plaza Del Carmen, antes de percorrer a
Gran Via, a principal artéria comercial madrilena repleta de monumentais
edifícios, mostrando as famosas e
mundiais grifes.
Um detalhe ímpar a destacar: tantas foram as recomendações
para termos atenção e nos defendermos de diversos “batedores de carteira”, que
vivíamos os vendo a cada esquina. No café, em pleno coração de Madri, ao
notarmos dois homens e um garoto se aproximarem e, também, sentarem-se para
comer, vislumbramos a possibilidade nefasta tão difundida; a atenção dos cinco,
naquele instante foi a mil; quando duas mulheres, para nós suspeitas, se
juntaram a eles, passamos a ter “certeza” da “quadrilha” nos rondando. Nada
aconteceu, embora possamos dizer que quando resolvemos pagar e seguir, também
se foram e, é bom que se diga, nada consumiram. Chegamos a Gran Via, que é a
Rio Branco dos cariocas, a Paulista de São Paulo ou a Afonso Pena ou Amazonas
de Belo Horizonte. Óbvio que as comparações têm que se ater nas diversidades
culturais das cidades, mas a Gran Via tem um ar soberbo, mas, ainda assim,
aconchegante. Lojas de marca estão a cada olhar e os preços, nada atraentes,
mas os produtos são, nitidamente de excelente qualidade. O Sol fustigava e o
cansaço começava a dominar. Iniciamos a volta ao Hotel Catalonia Atocha. As
mulheres, ainda conseguiram forças para conhecer um Carrefour Express, não
existente aqui do lado de cá do Atlântico. “Nossotros”, os homens, ficamos do
lado de fora observando o burburinho infernal de turistas e locais. Tinha de
tudo! Estávamos no Centro de Madri. Voltamos, passando, novamente, ao lado do
El Corte Inglés e desmaiamos no hotel só desejando sossego.
No dia seguinte,
acordamos e partimos para uma visita panorâmica da cidade de Madri. Tivemos,
então, a oportunidade de ver uma cidade moderna ao percorrer seus principais
bairros e monumentos. E, assim, fomos a Praça de Espanha, com o monumento a
Cervantes, novamente a Gran Via em quase toda a sua extensão, a Praça Cibeles,
ornada com sua famosa fonte dedicada à deusa grega, o Passeio do Prado, repleto
de arvoredo e seu famosíssimo museu,
a estação ferroviária de Atocha, o Parque
do Retiro e fomos parar na mais bela praça de touros da Espanha, a Plaza de
Touros de Las Ventas.
Recomeçamos no
recorrido nos deslumbrando com o Passeio da Castellana principal avenida de
Madri com seus bonitos jardins e fontes.
Chegamos ao Estádio Santiago Bernabeu,
a casa do Real Madri, com todo o seu charme e...profissionalismo.
Nossa visitação
prosseguiu e fomos ao Palácio Real e sua suntuosidade.
Ainda nesse tour
estivemos na Praça Del Sol, e, na Praça do Oriente,
que abriga, além do Palácio
Real, o Teatro da Ópera e a estátua de Felipe IV.
Após o retorno ao
hotel, saímos à cata de almoço. Nada de especial, parecendo mesmo, bem carioca,
tendo o grupo se dividido entre o Pollo a Milanesa de o bile com fritas
saudoso.
A tarde nos
aguardava com a inesquecível visita ao Museu do Prado, relativamente perto do
nosso hotel.
O que se dizer? É quase que inenarrável a sensação de ali estar.
Há todo um requinte e um percorrer da História ao olhar aquelas obras de
virtuoses da arte pictórica e da escultura. Muitos dos quadros ali expostos são
mais velhos do que nosso Brasil, nem por isso desprovido de técnica e cores
invejáveis. O que se dizer dos quadros de Goya, El Greco, Tiziano, Rubens e
muitos outros maravilhosos artistas. A triste constatação é que nem em três
dias poderia admirar, como merecido, todo o museu. A cada obra, seja de que
arte for, deve-se uma contemplação para ser guardada para sempre. Numa
frase: ”E emocionante!”
Terminamos o dia
comendo e bebendo como típicos espanhóis, dando vazão a nossa vontade de comer
pescado e beber um bom vinho espanhol. Não sei se foi falsa impressão, mas a
convivência naquele restaurante me deixou uma idéia de que o povo de Madri
guarda grandes semelhanças com o brasileiro no conversar e se expandir, embora
nem sempre afável como o português.
O restante da noite
foi de descanso, pois na manhã seguinte, e bem cedo, Toledo nos aguardava.
Café da manhã
tomado, descemos a Calle Atocha, nos dirigindo à gari do mesmo nome, pois
decidimos ir a Toledo de trem.
A pontualidade européia nos assustava...o trem
não espera. A Estação de Atocha é algo de surpreendente e maravilhoso! No seu
interior há toda uma gama de vegetação, artificialmente, colocada que nos faz
sentir como se estivéssemos num parque qualquer. A movimentação era incrível,
apesar de ser um feriado religioso na Espanha. Por pouco perdemos o trem. Este
trem, muito moderno, percorre os 75 km que separam Madri de Toledo em cerca de
25 minutos...ou seja, quase voa.
Logo estávamos na
antiga capital espanhola repleta de História e beleza. A bordo de um táxi
pudemos fazer um acertado tour. Primeiro, circunvagamos, pelas montanhas, a
cidade e pudemos observar, ao longe, toda sua magnificência.
Lá fomos
encontrar, nascendo e ainda pequeno, o rio Tejo, nosso companheiro português.
Depois, adentramos à cidade por suas ruelas até chegar ao Centro com sua
Catedral em festa naquela ocasião.
Tudo muito espetacularmente lindo! Essa cidade,
ex-capital como disse da Espanha, alcançou seu apogeu nos séculos XIV e XV.
Hoje
é considerada cidade-museu e Patrimônio Mundial da UNESCO. Difícil de
descrevê-la, mais fácil ver algumas fotos. Tem tudo que um turista quer ver.
Retornamos de trem,
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O banheiro a bordo do trem |
também, e decidimos, após o almoço e uma rápida passagem pela Plaza Mayor de
Madri,
por descanso e compras (as mulheres voltaram ao El Corte Inglés e
arredores),
antecedendo a assistir, à noite, a um espetáculo de dança flamenca
e a um jantar com comida típica espanhola.
Esse espetáculo de
dança não é famoso à toa, pois a energia dos dançarinos e a sensação envolvente
da música são únicas e inebriantes.
Não
há como não ser receptivos a o espetáculo. Culminou com o jantar típico, onde degustamos
tapas e paella, regados a bom vinho. Um alerta complementar....preparem o
bolso!!!!
O retorno ao hotel,
também sinalizava que a viagem se aproximava do fim, começava-se a vislumbrar o
longo retorno ao Brasil.
Uma lacuna não foi preenchida. Apesar de se localizar próximo ao hotel, não conseguimos tempo para visitar o Museu Renna Sofia, nem o Mercado de San Miguel, que, obviamente, serão de passagem obrigatória na próxima estada, que há de acontecer por certo.
Na manhã seguinte,
tudo foi rápido, pois deveríamos estar no aeroporto cedo para partir ao meio
dia para Lisboa
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Dutyfree em Madri |
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Adiós Espanha |
e de lá para o Rio de Janeiro.
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ônibus do aeroporto de Lisboa...lotado! |
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Deixando Lisboa via TAP (excelente)
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Lá vamos nós para o Brasil...já pleno de saudades! |
UMA CONCLUSÃO
O mês de agosto de 2015, por certo ficará, indelevelmente marcado em nossas vidas.
Viajar é sempre agradável, mas, tenho certeza que Portugal e Espanha, que escolhemos como nossa primeira aportada em território europeu, foram marcantes por diversos e ótimos motivos. A acolhedora recepção em terras de nossos ancestrais, o misto de modernidade e tradição a nos impulsionar para frente em nossas caminhadas de vida foram uma marca em nossas almas.
de tudo, o sentimento maior é de que temos que voltar, uma, duas, três, quantas vezes forem possíveis, pois sempre acrescentará em nossas existências e haverá o que ver naqueles paises e com aqueles povos amigos!
OBRIGADOS, COMPANHEIROS DE VIAGEM!
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SUELI |
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ANA E DENISE |
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EU E SERGINHO
ATÉ À PRÓXIMA!!!! |