15 novembro 2019

TENTANDO ENTENDER!





Postado em frente à banca de jornal, apreciando as manchetes, sou chamado à realidade pela exclamação irada de um senhor de meia idade com olhar fixo na notícia dos 6 X 5 no STF: “Quem protege bandido, bandido é!”.
O resultado é meia-surpresa, não inteira porque, de fato, veio de encontro ao interesse da maioria do Povo brasileiro já saturado com a corrupção e seus feitores. Estes corruptos serão, amplamente, beneficiados pela novidade jurídica a nós, pobres mortais, imposta pela nossa Alta Corte de Justiça.
O que representa tudo isso afinal?
A salvação de muitos criminosos é, simultaneamente, a desgraça de uma multidão de revoltados cidadãos atingidos por seus delitos. Sou, obrigatoriamente, levado a cogitar do crime perpetrado contra a Moral do País já de muitas décadas vilipendiada por corruptos com colarinhos de todos os matizes a partir do branco. Fica-nos uma sensação robusta de que vivemos um dos últimos capítulos de uma grosseira chanchada elaborada por artistas cretinos e mal-intencionados, buscando finalizar com a soltura daqueles que nos roubaram valores de toda ordem, além de nosso futuro como Nação.
Precipitado e ingenuamente, poder-se-ia, interpretar a decisão do STF como constitucional. Entretanto, o que se infere como corolário da decisão é o final de um maquiavélico processo que foi urdido para alguns e não, como seria uma norma geral desejada, para o universo daqueles que vivem nesta “Terra de Santa Cruz”.

Além do que, se sabe que a “sentença” emanada vem após jurisprudência criada, de há muito, por juízes outros da mesma Corte. Isso, sem falar em membro de hoje, que “adotou” um novo entendimento, pasmem, agora, diametralmente, contrário ao seu pensamento precedente.
Entendo agora a ira do meu companheiro matinal de banca de jornal.
É justa a raiva...ou será que a motivação, embutida no resultado de ontem, era outra que a inteligência de simples mortal não alcança?
Pobre Brasil de interesses diversos, talvez escusos!

QUE PAÍS É ESSE?

 PASSATEMPO

Afastado daquele mundo aflito, no aconchego do abraço bem-amado, dor aflora cruel, quando medito, transformando-me efêmero aloucado. Que ter...