21 maio 2006

CATEDRAL


Brilhante a imagem se cristaliza, afinal.
Teu corpo é a catedral
onde confesso os meus pecados.
Que paz me invade ao penetrar,
em desespero, tua nave,
na busca certa do reconforto,
ao encontro convicto da essência da vida!
Teu corpo é, de fato, minha catedral,
com suas linhas delgadas e suaves,
com seu frescor e contrastante fervor d’alma.
E como a um templo, o venero,
sentindo o leve odor de teus humores
e a tépida umidade de teu interior.

Teu corpo, minha catedral...
... e uma necessidade imensa e constante
de professar minha fé.

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