26 janeiro 2012

OS GENERAIS PRESIDENTES DO BRASIL


                                                                                                                          Jornalista Carlos Chagas.


 “Erros foram praticados durante o regime militar, eram tempos difíceis. Claro que no reverso da medalha foi promovida ampla modernização de nossas  estruturas materiais. Fica para o historiador do futuro, emitir a sentença para aqueles tempos bicudos”.

 Mas uma evidência salta aos olhos:

 Quando Humberto de Alencar Castello Branco morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em  Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas.

 Arthur da Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace  no palácio das Laranjeiras,  deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana.

Emílio Garrastazu Médici dispunha como herança de família, de uma fazenda de gado em Bagé, mas quando ele adoeceu, precisou ser tratado no Hospital  da Aeronáutica, no Galeão.

 Ernesto Beckmann Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamomos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder  se manterem no apartamento de três quartos e sala, no Rio.

 João Baptista de Oliveira Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os  cavalos e depois a propriedade.  Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece em estado lamentável de conservação.


 Não é nada, não é nada, mas os cinco generais-presidentes até podem ter cometido erros, mas não se meteram em negócios, não enriqueceram, nem  receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus governos. Sequer criaram institutos destinados a preservar seus documentos ou agenciar contratos para consultorias e palestras regiamente remuneradas.



 Bem diferente dos tempos atuais, não é?



 Por exemplo, o Lulinha,  filho do Lula era até pouco tempo atrás funcionário do Butantã/SP, com um salário (já na peixada política) de R$ 1200,00 e  hoje é proprietário de uma fazenda em Araraquara/SP , adquirida por 47 milhões de reais, e detalhe, comprada a vista.

Centenas de outros políticos, também trilharam e trilham o mesmo caminho.


 Se fosse aberto um processo generalizado de avaliação dos bens de todos políticos, garanto que 95% não passariam, isto é, seria comprovado destes o  enriquecimento ilícito.


 Como diria certo jornalista, "Isto é uma vergonha"!!!
 E pior, ninguém faz nada.

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