31 agosto 2011

Miguel Pereira, hoje e amanhã: uma visão.



Qual seria, nos dias atuais, a vocação da cidade? Gostaríamos, ainda, de ser a “Cidade das Rosas”? Será que nos reconhecem, ainda, como o 3º Clima do Mundo, título, segundo afirmam, concedido pela ONU? Somos, ainda, um paraíso para a terceira idade? Que sucessão de “ainda”! Veraneio ou turismo, qual a nossa vocação? No meu entender, que não é compartilhado por muitos, é muito importante no nível estratégico essa definição, pois quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve. Não creio ser nosso caso: temos que implantar um rumo de redenção, de rompimento com a estagnação da cidade. Ao se olhar para o passado, veremos o pouco de transformações positivas que temos experimentado.
Na total incapacidade dos poderes políticos municipais estabelecidos, a sociedade deve se mobilizar, por meio de suas forças vivas, ou de alguma liderança política emergente ou aspirante, para atuar na busca do desenvolvimento da cidade.
A atuação dessas forças pode ser em suas esferas de atribuições e atividades ou, o que seria mais desejável, em uma conjunção de forças diversificadas, o que exigiria uma liderança capaz de coordenar os diferentes esforços para colimar o objetivo do desenvolvimento municipal.
O meio mais importante para vicejarem essas ideias progressistas é o empresarial, em face, quer de sua visão empreendedora, quer de seu natural interesse na defesa do próprio capital.
Os eventos que estão em vias de acontecer no Rio de Janeiro, Copa do Mundo em 2014 e, principalmente, as Olimpíadas de 2016, não podem em hipótese alguma ser desconsiderados para a redenção de Miguel Pereira, seja qual for a vocação adotada.
Se alguma liderança política for cooptada pelo movimento orquestrado por forças alheias ao meio político atual, aquela não deverá ter voz dominante, ao menos, no primeiro momento, visando não ser transformado o movimento transformador em bandeira política e palanque para as próximas eleições de 2012.
Entretanto, nada impede que as ideias do movimento sejam adotadas por uma agremiação político-partidária, realmente alinhada com a corrente e, publicamente, comprometida com a causa do desenvolvimento local; não se pode esquecer de verificar a linha nacional dessa agremiação, que não pode ser antagônica da adotada no município.
Como já existe uma movimentação de alguns empresários, há que se apoiá-los, direcionando o movimento em surgimento para a direção geral desejada de desenvolvimento municipal e não somente de obtenção de metas parciais.
Muita atenção deve ser dedicada ao estudo de objetivos de qualquer adesão posterior ao estabelecimento do grupo transformador, pois, indubitavelmente, aparecerão colaboradores e falsos parceiros oportunistas, mormente, em época pré-eleitoral. Estes, uma vez, identificados, deverão ser impedidos, firmemente, de se agregar ao movimento.
Outra corrente bastante interessante de ser ouvida é a dos clubes de serviço e maçonaria, normalmente afeitos a tudo que diz respeito ao bem comum da comunidade.
Em momento algum o movimento deve se elitizar, esquecendo que o apoio popular é fundamental para o seu crescimento. Por conseguinte, no bojo dos projetos de desenvolvimento, deve haver projetos sociais e dedicados aos jovens, eliminando a possibilidade de que o terreno de plantio de políticos tradicionais e não comprometidos com os verdadeiros interesses da comunidade continue a seu dispor para manter seus objetivos menores e clientelistas.
Tem que haver a imposição e domínio pela palavra em todos os setores da sociedade miguelense.

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