20 abril 2005

Cumplicidade

Esse ar que respiras,
urge que o repartamos
no doce simbolismo
de fazer do teu destino
o meu destino sofredor.
Quero viver teus sonhos,
abençoando-os e dando-lhes vida
na indisfarçável esperança
de sermos irmãos.
Anseio mesmo, em derradeiro ato,
ceder-te o meu calor do peito nu,
quando serena e ausente,
só me deixares teu corpo frio,
implorando luz, desejando amor.

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