Sombras de nuvens já cobrem o Sol
que parecia eterno.
Não há mais sonhos...
Só crua e dura realidade.
Quantas promessas e ilusões
ficaram pelos caminhos e descaminhos?
Não é possível mensurar,
pois não há medidas para um universo de amantes.
"Não vá sozinha, não irei só,
iremos juntos, pois somos um só."
Palavras que ficam como, sinceras,
o mais lindo sonho de uma união.
A vida ensina e cria o destino
por si mesma, ditadora.
Nós, simples partícipes de um ato,
nos vemos a saltar obstáculos,
nos propomos a cumprir etapas,
nos impomos a vencer a faina.
A regra é triunfar, sejam os fortes,
sejam os obstinados,... sejam os amantes.
Só o amor consegue, ímpar,
suplantar a todos e a tudo.
Só o eterno e verdadeiro amor.
E quem o consegue?
Quem não se ilude,embora crente?
Quem, de fato,o conheceu?
Por certo há os que,felizes,
alcançaram a felicidade perene,
que sábia,só brinda os justos.
Aqueles que não guardam ressentimentos,
que não escondem frustações,
que não tentam,em vão,sublimar dores.
Viver a dois,desejável,insano e
certamente,insubstituível ideal de vida.
No entanto,que sofrer incrível admitir,
infeliz e morto,a derrota,o insucesso.
Àqueles que o fazem resta uma esperança.
Àqueles que se iludem,o infortúnio.
Foi-se a quimera,
ficou a realidade.
O azul toldado do céu
ainda permite que se vislumbre
longe,mas brilhante,alguma luz,
que insiste em burlar as trevas,
trazendo paz e esperança.
O Sol que parecia eterno,
ainda ilumina um último ato.
Não se sabe se por justiça;
não se sabe se por piedade;
não se sabe se por ser o destino.
A vida ensina e cria.
Não se vive por viver,
pois a felicidade pertence a todos,
mas cada um de nós tem
o direito-dever de buscar a sua,
sem medo,sem ódio,
com fé,e principalmente,com amor,
na solitária certeza de que a chance é única,
até porque a vida é curta e uma só.
Nenhum comentário:
Postar um comentário