DIÁRIO DE UMA
VIAGEM PELA PENÍNSULA IBÉRICA
Crônica de uma feliz viagem a Portugal e Espanha.
III
Lisboa ficaria para trás, deixando em
todos as melhores sensações por ter estado em uma cidade tão cativante.
Hei de voltar!
Após o café da manhã, ainda
percorrendo Lisboa em direção ao Norte, pegamos excelente estrada (aliás, como
todas percorridas em Portugal e Espanha) em direção a Óbidos,
uma vila medieval
com ruelas e praças pequenas muito bem conservadas.É necessário que se diga que descrever um passeio desses é muito difícil, requerendo de quem lê muita capacidade de vislumbrar as paisagens.
Espero que as fotos ajudem. A velha história da comparação entre as palavras e as imagens. Em Óbidos, pudemos a pé percorrer esse cenário antigo, deslumbrando-nos com a conservação disponibilizada ao monumento que é a cidadela.
De volta ao recorrido, partimos para
Batalha, de que confesso, até então, não saber muito do que, de fato,
representa na História de Portugal.
O mosteiro foi erigido para comemorar
a vitória portuguesa em Aljubarrota em 1385. Lá está sepultado o Infante D.
Henrique, “O Navegador”. Trata-se de uma obra-prima em arquitetura gótica
de
impressionante beleza e profunda magnificência. Não sei se propiciado pelo
ofício religioso que acontecia quando lá chegamos,foi um momento marcante da viagem pleno de emoção.
Era um dia quentíssimo do verão
europeu e partíamos, então, para um dos locais de visita ansiado por todos:
Fátima.
Inicialmente, um almoço, adredemente,
agendado (por sinal, foi o único vinho “da casa” que me ofereceram e não gostei
muito – talvez em função do calor reinante) para que ficássemos, totalmente,
voltados para a visitação ao Santuário.
Aqui uma digressão válida: a
estrutura disponível para turistas em Portugal é estupenda, atendendo a tudo
que desejamos com eficiência; há o que se copiar.
Em Fátima, assim como o
clima religioso existente, tudo é grandioso, tudo é vasto... e o calor era enorme
naquele dia!
No local onde Nossa Senhora
apareceu aos irmãos há uma capela onde, permanentemente, missas são rezadas;
próximo, um imenso local permite aos fiéis acenderem com segurança suas velas em preces de agradecimento e pedidos. Atravessando o imenso pátio nos dirigimos ao Santuário, que estava em obras, mas que, ainda, assim, a quem desejasse como eu, visitasse os túmulos de dois dos três irmão que presenciaram a aparição da Virgem Maria.
Há qualquer coisa de Aparecida do Norte no ambiente em geral. Realmente, o que esperava de um dos maiores locais de peregrinação do mundo.
Uma visita para nunca mais
sair da memória!
Partimos então para outro
monumento histórico português: Coimbra.
Terra de reis e antiga capital de Portugal (até 1256); entretanto, o que mais lhe dá notoriedade, possivelmente seja a mais antiga universidade do País, fundada em 1290 pelo rei D.Dinis, às margens do rio Mondego.
Na Universidade podemos vislumbrar toda a magia que a envolve e o orgulho de seus alunos;
podemos entrar em sua famosa e rica biblioteca barroca, outrora uma prisão, o que lhe dá um aspecto peculiar e repleto de história, cercada por paredes super grossas.
A cidade de Coimbra convida a todos a lá residirem, tamanha a singeleza e beleza existente.
Rumo ao Norte, ainda, o
Porto nos aguardava em fim de jornada diária. Um domingo inesquecível!
O Porto, segunda maior cidade
portuguesa, situa-se na margem direita do rio Douro, e está onde teria início o
atual Portugal, originário do Condado Portucalense, em função dos dois iniciais
povoados romanos da região junto à foz do Doiro no Atlântico: Portus e Cale (dando
Portucale). Aliás, essa localização privilegiada proporcionou o crescimento exponencial
da cidade do Porto, totalmente, ligado ao comércio marítimo.
Novas emoções por vir.
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