07 setembro 2015

DIÁRIO DE UMA VIAGEM PELA PENÍNSULA IBÉRICA




Crônica de uma feliz viagem a Portugal e Espanha.


III

Lisboa ficaria para trás, deixando em todos as melhores sensações por ter estado em uma cidade tão cativante.
Hei de voltar!
Após o café da manhã, ainda percorrendo Lisboa em direção ao Norte, pegamos excelente estrada (aliás, como todas percorridas em Portugal e Espanha) em direção a Óbidos,
uma vila medieval com ruelas e praças pequenas muito bem conservadas.


Consegue nos remeter ao passado distante e nos situa em tempos outrora vividos por populações carentes dos meios de hoje em dia.

É necessário que se diga que descrever um passeio desses é muito difícil, requerendo de quem lê muita capacidade de vislumbrar as paisagens.




Espero que as fotos ajudem. A velha história da comparação entre as palavras e as imagens. Em Óbidos, pudemos a pé percorrer esse cenário antigo, deslumbrando-nos com a conservação disponibilizada ao monumento que é a cidadela.




De volta ao recorrido, partimos para Batalha, de que confesso, até então, não saber muito do que, de fato, representa na História de Portugal.






O mosteiro foi erigido para comemorar a vitória portuguesa em Aljubarrota em 1385. Lá está sepultado o Infante D. Henrique, “O Navegador”. Trata-se de uma obra-prima em arquitetura gótica
de impressionante beleza e profunda magnificência. Não sei se propiciado pelo ofício religioso que acontecia quando lá chegamos,
foi um momento marcante da viagem pleno de emoção.

Era um dia quentíssimo do verão europeu e partíamos, então, para um dos locais de visita ansiado por todos: Fátima.







Inicialmente, um almoço, adredemente, agendado (por sinal, foi o único vinho “da casa” que me ofereceram e não gostei muito – talvez em função do calor reinante) para que ficássemos, totalmente, voltados para a visitação ao Santuário.
Aqui uma digressão válida: a estrutura disponível para turistas em Portugal é estupenda, atendendo a tudo que desejamos com eficiência; há o que se copiar.
Em Fátima, assim como o clima religioso existente, tudo é grandioso, tudo é vasto... e o calor era enorme naquele dia!

No local onde Nossa Senhora apareceu aos irmãos há uma capela onde, permanentemente, missas são rezadas;

próximo, um imenso local permite aos fiéis acenderem com segurança suas velas em preces de agradecimento e pedidos. Atravessando o imenso pátio nos dirigimos ao Santuário, que estava em obras, mas que, ainda, assim, a quem desejasse como eu, visitasse os túmulos de dois dos três irmão que presenciaram a aparição da Virgem Maria.

Há qualquer coisa de Aparecida do Norte no ambiente em geral. Realmente, o que esperava de um dos maiores locais de peregrinação do mundo.
Uma visita para nunca mais sair da memória!
Partimos então para outro monumento histórico português: Coimbra.


Terra de reis e antiga capital de Portugal (até 1256); entretanto, o que mais lhe dá notoriedade, possivelmente seja a mais antiga universidade do País, fundada em 1290 pelo rei D.Dinis, às margens do rio Mondego.
Na Universidade podemos vislumbrar toda a magia que a envolve e o orgulho de seus alunos;
podemos entrar em sua famosa e rica biblioteca barroca, outrora uma prisão, o que lhe dá um aspecto peculiar e repleto de história, cercada por paredes super grossas.
A cidade de Coimbra convida a todos a lá residirem, tamanha a singeleza e beleza existente.



Apaixonante!

Rumo ao Norte, ainda, o Porto nos aguardava em fim de jornada diária. Um domingo inesquecível!


O Porto, segunda maior cidade portuguesa, situa-se na margem direita do rio Douro, e está onde teria início o atual Portugal, originário do Condado Portucalense, em função dos dois iniciais povoados romanos da região junto à foz do Doiro no Atlântico: Portus e Cale (dando Portucale). Aliás, essa localização privilegiada proporcionou o crescimento exponencial da cidade do Porto, totalmente, ligado ao comércio marítimo.

Novas emoções por vir.


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